PROSTITUTAS DEFENDEM LEGALIZAÇÃO DA PROFISSÃO: "ESTARÍAMOS MAIS SEGURAS"


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As associações de prostitutas que lutam pelos direitos das garotas de programa torcem pela aprovação da lei que legaliza a profissão antes da Copa do Mundo. Elas dizem que se sentiram mais seguras com um amparo legal para se proteger de casos de exploração sexual.

O Projeto de Lei Gabriela Leite, de autoria do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), prevê a regularização dos profissionais de sexo, mas está parado na Câmara dos Deputados.

O texto estabelece, entre outras coisas, que um cliente que não pagar pelos serviços sexuais será enquadrado no crime de exploração sexual.

A coordenadora-geral da Apros-PB (Associação das Prostitutas da Paraíba), Luza Maria, diz que esse aspecto do projeto é importante porque, atualmente, as garotas de programa não podem reclamar se levarem um golpe.

— Se a prostituta vai fazer um programa e o cliente não quer pagar, isso seria resolvido com a lei. A gente até chama a polícia, mas tem que ser um policial muito tranquilo, com a cabeça muito aberta, para ajudar. Com a legalização, a gente vai se sentir uma profissional, como qualquer outra trabalhadora.

A prostituta Adriana Rios faz programas em Brasília há três anos e consegue se sustentar com os rendimentos. Ela conta que, além de poderem se resguardar de prejuízos financeiros, o projeto também é importante para garantir a integridade física das mulheres. Segundo Adriana, se uma prostituta é agredida durante o programa, nem na delegacia elas conseguem ser respeitadas.

— Muita mulher oculta um espancamento, um assalto, porque a gente é muito discriminada nas delegacias. Eu mesmo já apanhei durante um programa sem ter feito nada. Os caras chegam drogados e sabem que a gente não tem proteção na lei. Eu nem fui prestar queixa, porque sei que vou ser discriminada.
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FONTE: r7
http://noticias.r7.com/brasil/prostitutas-defendem-legalizacao-da-profissao-estariamos-mais-seguras-23032014