Moradores do município de Canindé estão perplexos com a morte de uma criança recém-nascida no Hospital Regional São Francisco. O parto teria acontecido há três dias, mas como a mãe estava desacompanhada na unidade hospitalar, ninguém da família havia tido informações sobre o estado de saúde da mãe e do bebê.
A demora fez com que Francisca Jaíla Ferreira, tia da criança, mesmo barrada na entrada da unidade hospitalar, procurasse outras formas de obter informações, e através de funcionários, conseguiu entrar no hospital, quando soube através de uma enfermeira que uma criança havia morrido durante um parto complicado. Ainda esperançosa, a tia da criança buscou informações sobre o acontecido, mas infelizmente, a notícia que recebeu não era bem a que a mesma esperava.
Segundo Jaíla, sua cunhada entrou em trabalho de parto normal, mas algo inesperado e até o momento, não explicado, aconteceu, e a criança teve que ter a cabeça separada do corpo. Em seguida, a mãe passou por uma cirurgia para a retirada do corpo do bebê. Após o ocorrido, a gestante continuou internada sob observação na unidade hospitalar. Os familiares da vítima contaram ainda que o momento mais doloroso para a família foi quando tiveram contato com o corpo do recém-nascido, que se encontrava dentro de uma caixa.
Francisca Jaíla revelou ainda que, em nenhum momento, a família foi informada sobre o procedimento complicado do parto e ninguém assinou nenhum documento autorizando o ato.
O corpo da criança foi liberado nesta segunda-feira (23), mas a família quer a realização de um exame para confirmar o motivo da morte, tendo em vista que, após o acontecimento, o corpo não foi encaminhado ao Núcleo de Perícia Forense.
O corpo da criança foi liberado nesta segunda-feira (23), mas a família quer a realização de um exame para confirmar o motivo da morte, tendo em vista que, após o acontecimento, o corpo não foi encaminhado ao Núcleo de Perícia Forense.
Em entrevista coletiva a imprensa local, o diretor clínico do Hospital, Dr. Martinho Jansweid de Carvalho e a superintendente daquela instituição de saúde, Elaine Pacifico, informaram que o procedimento adotado pelo médico plantonista foi dentro dos parâmetros da obstetrícia e o fato do recém-nascido ter sido degolado foi necessário para a realização da cirurgia cesariana e salvar a mãe.
Questionado sobre não ter sido feito antes a cirurgia, o médico informou que a paciente apresentou uma ultrassonografia, na qual, informava que a criança estava pesando pouco mais de 3 quilos, o que daria para nascer em parto normal, mas na hora do parto, a criança estava pesando mais de 5 quilos.
O fato da degola foi realizado, após ter sido constatado o óbito do recém nascido por anoxia, ou seja, a falta de oxigenação no cérebro, devido o mesmo ter ficado preso na vagina da mãe. O Hospital informou ainda que está disponível para qualquer esclarecimento e reitera que não houve qualquer falha ou erro médico no procedimento.
Com informações da Rádio Jornal de Canindé, via Roberto Lira
Com informações da Rádio Jornal de Canindé, via Roberto Lira
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